«Pelo ar andam plácidas montanhas ou cordilheiras trágicas de sombra que escurecem o dia. chamam-lhes nuvens. As suas formas são estranhas. Shakespeare observou uma. Parecia ser um dragão. Essa nuvem de uma tarde na palavra dele resplandece e arde e ainda a continuamos a ver.
Que são as nuvens? Uma arquitectura do acaso? Deus delas necessita para a execução da sua infinita obra: são fios da trama obscura.
Talvez a nuvem seja tão vã como o homem que a olha na manhã.»
Jorge Luis Borges, Os conjurados, Nuvens (II)
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