Contaram-me que, aquilo que enche a lua é o luar, disse-me a menina que ouviu o menino dizer.
Pois não sei, para mim, a lua enche de tantas coisas (...) e de luar também!
Enquanto se tenta descobrir o que faz a lua cheia, também eu «encho»... de trabalho, pois claro. Por isso dar-vos-ei descanso nos próximos dias oferecendo-vos um luar para olhar.
Desenho s/ papel, com colagem, «analógica» e digital. 16 cm x 19,5cm.
©Alexª 05
4 comentários:
A Lua Cheia sĂł dura uma noite...
ooooohhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!
não vás trabalhar,
fica aqui a ver
a Lua Cheia esvaziar.
A noite Ă© nua na noite de lua cheia
O céu flutua na noite de lua cheia
O amor atua na noite de lua cheia
Ocupa a rua na noite de lua cheia
Calma, queda a alma
Clara a emoção
Branca e branda a chama
TĂŁo morna a paixĂŁo
Longe leva a vista
Leve leva o ar
Luva veste a terra
Leite lava o mar
Love, love quase se vĂŞ
Move, move em mim, em vocĂŞ
Chove, chove prata sobre nĂłs
Ouve, ouve, deve ser a lua, sua voz
É quando quero, quando espero um grande amigo
É quando vivo por um bom motivo - a lua
É quando sinto que não minto quando digo:
Não há perigo, tenho um grande abrigo - a rua
Noite de lua cheia
letra e mĂşsica: Gilberto Gil
1982
© Gege Edições Musicais ltda (Brasil e América do Sul) / Preta Music (Resto do mundo)
A PretensĂŁo Ă© uma IlusĂŁo
A lua enche o luar
O luar enche a lua
O mar enche o luar
O luar enche o mar?
Se nĂŁo enche,
A lua fica nua?
Também dizem que ela canta
Transforma,
Encanta,
Espanta,
Mas será ela
Quem enche o luar?
Ou o luar que enche a lua?
Sentes a alma?
Milhares de quilĂłmetros percorridos por muitos milhares de viajantes, mendigos, sobreviventes, noctĂvagos…todos esses, tiveram uma companhia.
Parece que a noite nĂŁo Ă© sinĂłnimo de solidĂŁo.
A lua, por mais que se esconda, está sempre presente…umas vezes mais tĂmida que outras…mas que grande companheira!!!
Não fala…suspira. Não grita…canta. Não chora…observa.
A curiosidade Ă© o efeito controverso que provoca.
A lua surge no horizonte mesmo antes do sol se pĂ´r.
Vem a escuridĂŁo.
A escuridĂŁo traz o silĂŞncio e a solidĂŁo.
Não deixo de pensar na tranquilidade inspiradora do momento eterno, mas também no desconsolo provocador. Suspiro. Mas eis que o olhar vira e foca a luz. A luz da Lua. Ela preenche esse �vazio’, logo poderá ser mesmo ela quem enche o luar. Enche o meu bem-estar, deixo de me sentir tão só.
É possĂvel olha – la sem restrições nem limites. Ela nada nos cobra, apenas a ideia que daqui um certo tempo ela se recolhe para dar lugar Ă luz do dia, deixando-nos com o conforto paternalista de que voltará. NĂŁo farta, nĂŁo cansa, nĂŁo Ă© sempre igual.
E está sempre lá.
Jinhos
Enviar um comentário