Sabem...

11 comentários:

Anónimo disse...

Não faço ideia...acredita que me fez pensar. Por outro lado, tenho a vaga sensação que já sabias a resposta antes de fazeres a pergunta. Estou curiosa. Eu sou curiosa, admito. Agora pergunto eu: Porque é que as castanhas cruas estão bem temperadas e as assadas precisam de temperos?

Alexandra Baptista disse...

Pois não faço ideia, foi a.FLOR que colocou a questão e limitei-me a apresentá-la aqui. A pergunta pode ser/parecer disparatada, mas estou certa de que houve, alguma intenção nisso. Não posso objectar pela a.FLOR e é provável que ela o venha a fazer por si.
Em todo o caso, nunca senti que as castanhas cruas tivessem «tempero» antes pelo contrário: têm o sabor, a textura, a cor e o aroma da castanha.
Será a castanha um «tempero»?
Terá sido o que ela quis perguntar?

Anónimo disse...

estava eu a assar umas castanhas
nĂŁo viste ao pĂ´r do Sol as nuvens cinzentas, cor de cinza, debruadas a cor de pĂ´r do Sol, laranja cor de brasa,
portanto
as cavacas de assar as castanhas mudaram-se para o céu, cresceram, portanto, porque arranjaram uma casa maior,
e as castanhas levam aquela pitadinha de sal quando vĂŁo a assar senĂŁo nĂŁo ficam tĂŁo boas como cruas sem nada,
ao natural e frescas e simples, sem mais nada, sĂŁo Ăłptimas, se as cozinhas, tens que acrescentar um temperozinho
a.mar

Anónimo disse...

Portanto...acabei por ficar na mesma. Poderá ser, eventualmente, pelo facto de não apreciar castanhas...gosto sim do cheiro delas quando estão a assar...passar pela rua cinzenta, num dia cinzento e sentir o calor que vem do meio da rua, onde está a mesma senhora de sempre com o seu assador, fonte de calor em dia de inverno.
Apesar de nĂŁo ser uma entendida no paladar da castanha...acredito que posso associar isto Ă  simplicidade das coisas.
Quanto mais naturais, e simples melhor sabem.
Mas também sou da opinião que se devem temperar, porque o tempero só valoriza o sabor que já existe...logo, o tempero não altera a natureza do objecto, seja qual ele for.

Alexandra Baptista disse...

Katita, permite-me que discorde contigo... o gosto - esse sim - não altera a natureza ou qualidade do «objecto», porque é subjectivo. Existem variados temperos e os objectos, quanto sei, não escasseiam. É bem provável que o efeito de uns sobre os outros não seja sempre o mesmo e que uns sabores se acentuem e outros se alterem.

Anónimo disse...

lá está,
estamos dentro daquelas lareiras de chaminé larga e alta onde se fumam os enchidos, sentados ao lume naquelas cadeirinhas baixinhas a deitar castanhas com uma pitadinha de sal para as brasas, conversamos ao quentinho com os estalar da lenha a arder e do sal,
digam lá que estas castanhas não estão deliciosas...!
há temperos que vêm por bem!
neste caso o objecto e o sabor acho que ficam a ganhar e nós, subjectivos, também

Anónimo disse...

A castanha Ă© sempre uma castanha.
NĂŁo o deixa de ser, com ou sem 'tempero'.
O gosto, concordo que depende das pessoas, mas é discutivel. Na medida que, apesar do eterno cliché: gostos não se discutem', eles variam, logo são passiveis de discussão, podem não nos levar a um 'lugar', mas a um entendimento possivel.
Pensei em nĂŁo dar continuidade a esta questĂŁo, mas conclui que Ă© importante nĂŁo ser descurada.
Deste modo, o meu contributo é assumir a diferença do gosto, mas sublinhar, novamente, que apesar deste ser relativo, o 'tempero' pode ser sempre um melhoramento, obviamente dependendo do gosto.
O objecto em si, nĂŁo deixa de ser ele prĂłprio, nĂŁo deixa de ter as suas virtudes ou defeitos, 'temperado' ou nĂŁo.
A questĂŁo Ă© se gostamos ou nĂŁo, sendo algo que sĂł nĂłs saberemos avaliar, mas isso nĂŁo interfere na natureza das coisas.
Logo, a castanha será sempre a castanha, com ou sem 'tempero', só poderá 'saber' melhor ou pior consoante quem a 'come'.

Alexandra Baptista disse...

Pois Katita, depende das pessoas tornando-se discutivel. «Os gostos não se discutem» porque isso não nos leva a lado nenhum. Eu gosto de Rosas e isso a nada te obriga. Conseguirei, no entanto, que um dia as venhas apreciar comigo?

Anónimo disse...

Pois apreciar nĂŁo Ă© obrigar a gostar.
Apreciar Ă© ver com outro olhar, contemplar.
Tendo, talvez, a confirmação do gosto
ou nĂŁo gosto.
Não conseguir apreciar é �quase’ como não sentir,
porque, para mim, nĂŁo implica gostar.
Apreciar uma castanha, Ă© possĂ­vel.
Gosto do cheiro a assar,
ouvi–la a estalar. Aprecio.
Mas nĂŁo gosto do paladar.
A discussĂŁo torna possĂ­vel
caracterizar porque gostas
e mostrar e demonstrar
o �valor’ que o objecto tem para ti.
Como a rosa.
Posso dizer que nĂŁo gosto.
Tu dizes que sim.
Questiono se gostarás pelas suas características,
Curiosa, observo.
Aprecio. Para concordar ou discordar contigo.
É possível apreciar sem gostar.

Alexandra Baptista disse...

Falas-me entĂŁo, em contemplar com um sĂł olhar?

Anónimo disse...

Falo em contemplar com 'outro' olhar.
Sem pré - conceito,
Sem pré - juizo.
Apreciar.